Francisco Rüdiger -
Intodução às Teoria da Cibercultura
Cap. 8 - Os problemas do ciberculturalismo
(Análise de André Lemos)
·André Lemos afirma que a cibercultura é o resultado de uma reunificação da ciência com a cultura, e vice-versa, separadas pelo projeto tecnocrático moderno. Partindo da premissa de que, a tecnologia é uma emanação da cultura, ele chega à formulação do juízo de acordo com o qual “a cibercultura é um exemplo forte dessa vida social que se quer presente e que tenta romper e destruir o deserto racional, objetivo frio da técnica moderna.”
·“Pensamos de nossa parte que é um avanço ver no fenômeno um “fruto da cultura e de “ novas formas de relação social”, mas, não se pode dispensar uma reflexão histórica sobre suas conexões, sob pena de não saber se são essas relações que explicam a cibercultura ou a cibercultura que as explicam no tocante ao significado histórico.” (Rüdiger, 2004:87)
·“O ciberespaço, o tecno e os videogames seria, entre tantos outros sinais, provas de reingressamos no tempo do mito, opera-se agora um rencantamento do mundo, que promana da “ conjunção do cavaleiro de lendas e estórias com o lápis a laser [dos computadores].” (Rüdiger, 2004: 88)
·Como diria André Lemos, as tecnologias de comunicação contemporâneas promovem a cibercultura porque pontecializam, ao invés de inibir, as situaçãoes lúdicas, comunitárias e imaginárias da vida social.”
·“A vontade de descobrir no elemento espontâneo e criativo da cibercultura um antídoto contra a frieza racional do mundo maquinístico corre o risco de se tornar uma publicidade cultivada à sombra do poder tecnológico. O reconhecimento daquele precisa estar alerta para essa armadilha, se é para não cairmos numa celebração do espírito do tempo complementar à mitologização da tecnologia que emana, há séculos, do nosso próprio processo histórico universal.” (Rüdiger, 2004: 90)
PIERRE LÈVY: Cibercultura. São Paulo:
Editora 34
·Universalidade sem totalidade. É universal porque promove a interconexão generalizada, mas comporta a diversidade de sentidos, dissolvendo a totalidade. A interconexão mundial de computadores forma a grande rede, mas cada nó dela é fonte de heterogeneidade e diversidade de assuntos, abordagens e discussões, em permanente renovação.
·Lèvy apresenta seu ponto de vista a favor do “bem público”, defendendo a promoção no ciberespaço de práticas de inteligência coletiva.
·Pressupostos que orientam o estudo e os conceitos técnicos que sustentam a cibercultura, como é o caso da digitalização e das redes interativas. “Nem a salvação, nem a perdição residem na técnica”, afirma mostrando que as tecnologias não determinam, mas condicionam as mudanças, à medida em que criam as condições para que elas ocorram.
·Lévy descreve mutações nas formas de ensinar e aprender. O futuro papel do professor não será mais o de difusor de saberes, diz, mas o de “animador da inteligência coletiva” dos estudantes, estimulando-os a trocar seus conhecimentos. Com o advento do ciberespaço, o compartilhamento de memória permite aumentar o potencial da inteligência coletiva. O saber, agora codificado em bases de dados acessíveis on-line, é um fluxo caótico.
·Aprova a integração de sistemas de educação “presencial” e à distância. Por fim, propõe um método informatizado de gerenciamento global de competências, que inclui tanto os conhecimentos especializados e teóricos, quanto os saberes básicos e práticos.
·O autor acredita que a cibercultura seja a herdeira legítima da filosofia das Luzes e difunde valores como fraternidade, igualdade e liberdade. “A rede é antes de tudo um instrumento de comunicação entre indivíduos, um lugar virtual no qual as comunidades ajudam seus membros a aprender o que querem saber”
ESPERO QUE ISSO AJUDE A "CLAREAR" UM POUCO SOBRE O TERMO CIBERCULTURA.